A solução eletrolítica presente no interior das baterias contém ácido sulfúrico (H2SO4) que com o tempo vazam quer seja por porosidade do metal, quer por excesso de líquido eletrolítico ou quer por problemas de vedação entre a bucha e o pólo que acabam, em contato com o ar úmido (oxigênio) e o metal dos pólos ou terminais, normalmente formado por ligas de cobre, criando essa substância corrosiva esverdeada chamada de zinabre ou azinhavre (séc. XIV).
A propósito, o que enxergamos na maioria das bateria automotivas como pólo, na verdade é a bucha onde ligamos os terminais positivo e negativo dos cabos.
Por isso que é importante não dar pancadas ou bater ao instalar ou desinstalar os terminais dos cabos nos pólos das baterias para que não haja rupturas na vedação entre as buchas e o isolamento das caixas das baterias. Se durante a desinstalação os terminais estiverem muito apertados use ferramentas como o extrator de terminal de baterias (fig. 1):
Extrator terminal de bateria (fig. 1)
Bom, após a limpeza do terminal positivo, percebi que apenas o parafuso que prende o terminal é que precisaria ser substituído pelo avançado grau de corrosão (fig. 2), porém o terminal em si estava em bom estado ainda. Agora o pólo negativo é que estava necessitando de novo terminal, pois a peça estava quebrada (fig. 2). E vou contar que zinabre e terminal quebrado em nada combinam com condutividade elétrica, a bateria sofre à toa em dar todo o seu potencial e todo o sistema dependente dele também é sacrificado: carregamento, aquecimento de cabos, motor de partida que não obtêm a energia necessária para virar o volante do motor e o que dirá do sistema eletrônico totalmente dependente de bom fornecimento de energia que vem da bateria!
Terminal de bateria quebrado e parafuso oxidado pelo zinabre (fig. 2)
Nada mais justo, portanto, atenção nesses itens.
Na limpeza dos terminais e ponta dos cabos eu usei cerca de 40 gramas de bicarbonato de sódio (NaHCO3 ,fig. 3) e 2 litros de água quente (quase ponto de fervura). Eu borrifei o bicarbonato por cima dos terminais com zinabre e joguei aos poucos a água quente. É possível misturar o bicarbonato junto com a água quente e depois despejar por cima dos terminais e onde mais tiver o zinabre. Utilize algum recipiente como uma bacia pequena para recolher a água suja que, apesar de o bicarbonato de sódio neutralizar a ação corrosiva do ácido, pode ainda restar ácido e vir a corroer outras partes metálicas do veículo como o chassi.
Bicarbonato de sódio com a validade vencida! (fig. 3)
Se utilizar algum pano para secar os terminais depois do serviço não use mais esse pano para outros fins, já que eles podem conter resíduos do ácido sulfúrico que podem danificar inclusive a pintura do veículo. Outro cuidado é na hora de despejar a água para não respingar em outras partes elétricas como a caixa de fusível que na Dakota fica bem ao lado da bateria.
Aproveite e limpe muito bem a caixa externa da bateria e os pólos antes de instalar os terminais limpos ou novos. Sobre isso vou escrever em outra postagem sobre os cuidados com a bateria e formas de proteger os terminais.
Depois de limpos e trocados os terminais é algo simples e até banal, mas a sensação de bem cuidados é muito boa (fig. 4).
Terminal de bateria modelo universal ou sapão (fig. 4)
Ah, o custo de um terminal universal como o da foto é de cerca de R$10,00 (preço em Brasília-DF, junho de 2016) e encontra em qualquer loja de baterias ou autoelétrico.
Para trocar os terminais ou simplesmente retirar para dar uma boa limpeza neles é preciso basicamente de duas ferramentas:
- chave fixa de boca: 1/2" pol.; e
- chave fixa de boca ou soquete: 11mm
- extrator de terminal de bateria (eventualmente se o terminal estiver emperrado).
Materiais necessários para limpeza:
- bacia ou recipiente;
- 40g de bicarbonato de sódio (compra em qualquer mercadinho ou farmácia);
- 2 litros de água quente.
E na sua Dakota, como estão os terminais da bateria? Dê uma olhada neles agora!
Bom dia amigo. Você ainda tem a Dakota? Parabens pelo post!
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